Quantas vezes, após comprarmos um celular, um gadget ou qualquer eletroeletrônico, passado algum tempo, mesmo ele ainda estando em bom estado, nós já queremos trocá-lo por um modelo mais novo?
A alta evolução tecnológica, que faz chegar às prateleiras produtos inovadores a todo momento, incentiva-nos a isso. Entretanto, saiba que substituir não é um problema quando isso é feito com consciência, de olho na sustentabilidade.
Porém, muitas vezes, a troca desses equipamentos eletrônicos esbarra no descarte incorreto, o que afeta profundamente o meio ambiente e, por consequência, a nossa saúde.
Uma pesquisa realizada pela Universidade das Nações Unidas, apresentada em 2020, apontou que o mundo produz 53 milhões de toneladas de lixo eletrônico por ano, sendo que menos de 1/5 desse total é reciclado.
O mesmo estudo indica que esse volume contém:
- 50 toneladas de mercúrio, um dos metais mais tóxicos que afeta água, ar e solo;
- 98 milhões de toneladas de CO2, um dos gases que provocam o efeito estufa;
- 71 mil toneladas de retardantes de chama bromados, que geram compostos extremamente tóxicos.
E, infelizmente, o Brasil está entre os cinco países que mais produzem resíduos eletrônicos no mundo e que menos reciclam.
Em junho, no dia 05, é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Que tal aproveitar essa data para saber de que forma você pode colaborar com a preservação ambiental? Aqui explicaremos como você pode ajudar o meio ambiente e ser parte da solução! Vamos lá?
O que é o lixo eletrônico?
Também chamado de e-lixo ou Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos (REEE), trata-se de todos os aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos e seus acessórios como, por exemplo, cabos, carregadores, pilhas e baterias.
Veja quais são as principais categorias:
- Grandes e Médios equipamentos: aqui entram os eletrodomésticos de linha branca, como geladeira, máquina de lavar, micro-ondas, ar-condicionado, e os marrons, como televisão, de batedeira, aspirador de pó, ventilador, e outros aparelhos de áudio e vídeo;
- Pequenos equipamentos: os eletrônicos menores e os eletroportáteis, a exemplo câmera digital, rádio, secador de cabelo etc.;
- Informática e telefonia: são uns dos campeões de descartes por conta da troca muito frequente, como celular, tablet, notebook, impressora, computador, fax etc.;
- Pilhas e baterias: elas costumam ter curta duração, então também estão entre os descartes mais comuns. Falamos aqui das alcalinas, AA, AAA, pilhas recarregáveis, baterias portáteis etc.
O que o lixo eletrônico pode causar ao meio ambiente?
Quando o lixo eletrônico é encaminhado à aterro comuns, ele não se decompõe naturalmente. Os metais pesados e outros elementos presentes no e-lixo, ao se decomporem, podem contaminar o solo, chegar aos lençóis freáticos e ainda afetar a saúde pública. Como por exemplo, alguns metais como o chumbo, cádmio e cobre, se ingeridos, podem causar intoxicação e também doenças crônicas.
A incineração ou reutilização sem tratamento adequado, também pode expor as pessoas, os animais e o meio ambiente a substâncias químicas perigosas. O mercúrio e o cádmio emitem gases poluentes e outras substâncias que podem contaminar os rios, a fauna e a flora. Já a queima descontrolada de composto como fios de cobre, por exemplo, emite gases tóxicos.
Por outro lado, quando encaminhados ao local adequado para separação de materiais e reciclagem, esses produtos ainda têm muito valor. A reciclagem, além de evitar todos os danos citados acima, gera economia de recursos naturais e ainda movimenta o mercado.
Isso porque o lixo eletrônico possui materiais valiosos, os quais se desmontados e reaproveitados, viram matéria-prima para a criação de novos produtos.
Incentivo federal
O Brasil pratica o Acordo Setorial para a Logística Reversa de Produtos Eletroeletrônicos e seus Componentes, que complementa a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS — Lei nº 12.305, de 2010).
Essa lei organiza a forma de tratamento dos lixos eletrônicos por parte dos setores público e privado, tratando de todos os materiais que podem ser reaproveitados ou reciclados.
De acordo com a PNRS, a responsabilidade pela logística reversa de itens como eletroeletrônicos, pilhas e baterias deve ser do próprio fabricante, distribuidor e importador.
Portanto, o setor produtivo deve criar e disponibilizar locais de descarte, além de garantir a destinação posterior correta.
Todavia, também é preciso ter consciência de que o processo depende completamente da participação do consumidor, que precisa colaborar na hora de realizar o descarte adequado.
Dessa forma, é fundamental procurar pontos de coleta do processo de logística reversa para que o encaminhamento do lixo eletrônico seja assertivo. Nós temos protagonismo nisso e devemos fazer a nossa parte!
Onde e como descartar o lixo eletrônico?
O propósito da Vivo #vivosustentavel contempla os objetivos e as conexões que construímos com o planeta e a sociedade. Pensando no fortalecimento da economia circular e cuidado com o Meio Ambiente lançamos o movimento Recicle com a Vivo.
Em 2020, o programa ganhou um importante impulso com a campanha “A Vivo cuida do seu lixo eletrônico e juntos cuidamos do Meio Ambiente”, que contou com filmes, comerciais televisivos em horário nobre e divulgações nas mídias sociais.
Novas lixeiras foram alocadas em nossos pontos de venda dedicadas ao descarte consciente. Desde o início do programa em 2006, mais de 5 milhões de itens e 118,9 toneladas de resíduos eletrônicos foram recebidos e encaminhados para a reciclagem.
E agora nossa meta vem com mais força e visa aumentar em 15% esse volume durante o ano de 2021.
Todas as lojas Vivo do Brasil possuem lixeiras identificadas para descartar resíduos eletrônicos de pequeno porte, como cabos, celulares, carregadores e baterias. E não é preciso ser cliente para depositar ali seu e-lixo e contribuir com a sustentabilidade.
Todo o material descartado como lixo eletrônico é destinado a uma empresa certificada (GM&C) que faz a coleta, transporte, armazenagem, separação dos materiais, como metais ferroso, não ferroso, baterias, vidros, plástico, de acordo com as leis ambientais, e destina à reciclagem.
Na etapa de reciclagem, os materiais são transformados em matéria-prima para serem novamente inseridos na cadeia produtiva. Os equipamentos são 100% reciclados e nada vai para aterro. O que não é aproveitado para a produção vira fonte de energia para a indústria dos materiais. Todo o processo e parceiros são auditados e homologados em atendimento às normas e legislações ambientais.
Entendeu a importância do papel de cada um de nós nessa cadeia da sustentabilidade?
Aproveite para dar uma revirada nas gavetas e nos armários, e tirar de lá aqueles equipamentos que não estão mais em uso, dando o destino correto para eles.
A responsabilidade pela sustentabilidade é de todos nós e, juntos, podemos cuidar melhor do nosso futuro.
Até breve!
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